quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Manual de Técnicas de Sedução para Homens Providos de Pouca Inteligência


Todas as mulheres solteiras e boa parte das mal-casadas estão dispostas a ter ou trocar de relacionamento. Tudo depende de sua capacidade de fazê-la acreditar que você é a melhor opção.

Nós mulheres não temos estímulos visuais. Então, se você se preocupa com músculos provavelmente está tentando atrair o olhar de outro homem.

A não ser que você seja realmente do avesso, nós não nos importamos se você não for exatamente um George Clooney, desde que saiba usar os atributos que tem (Atributos NÃO lê-se pinto). Gostamos de sexo bem feito tanto quanto gostamos de gentileza. E não pense que apenas um destes dois itens nos satisfaz.

Chame-nos de “linda”, “cheirosa”, “princesa”, (pelo próprio nome); jamais de gostosa ou delícia (a não ser em momentos de intimidade), senão nós podemos achar que você só quer transar. Mas, se você só quer transar, saiba que jamais conseguirá com uma cantada tão barata.

Nós não gostamos de homem pegajoso, mas detestamos homem desinteressado. Mesmo que não interesse, demonstre interesse, mas não exagere. Interesse demais pode parecer desconfiança.

Seja sensível, tente nos compreender, mesmo que não compreenda. Mas, não exagere. Se sentir vontade de chorar no final daquela comédia romântica, engula. Senão vamos achar que é meio viadinho.

Tenha vaidade, mantenha cabelos e unhas cortados, seja limpinho, se for cheiroso, muito bom, mas, se seu perfume se destacar mais que o nosso, vamos achar que é meio viadinho.

Faça a barba ou não, mas cuide dela. Apare os pelos em excesso, mas se depilar o peito, vamos achar que é meio viadinho.

Fazemos vista grossa para cafajestes, desde que obedeçam essas regrinhas. Sinceridade demais não é demonstração de inteligência. Tenha personalidade, mas em excesso pode beirar a falta de educação.

No campo da sedução, se demonstrar o que quer diretamente, sem gentileza e talvez algum rodeio para despertar o interesse, vai gerar um grande incômodo e será repelido. É como o clitóris, se tocá-lo diretamente, vai gerar um grande incômodo e será repelido. Mas, com um certo rodeio vai nos deixar feliz.

domingo, 23 de outubro de 2011

Inversamente Proporcional

Houve um tempo em que eu não tinha objetivos de vida. Vivia em função dos outros, procurando fazer com que as coisas funcionassem da melhor maneira possível para que o cotidiano se aproximasse da ideia de uma vida feliz. Naquela época tudo era organizado, as mesmas coisas eram sempre feitas da mesma maneira. E assim eu ia mantendo tudo perfeito e agradável para aqueles que conviviam comigo. Inconscientemente eu reproduzia a forma como minha mãe encarava a vida. Eu fazia compras de supermercado uma vez por mês. Minha lista de compras acompanhava a ordem das gôndolas do supermercado, que era sempre o mesmo. As quantidades eram exatas, tudo que eu comprava era suficiente até o final do mês. Não era necessário voltar para comprar nada, porque a rotina da casa era meticulosamente calculada.
Aos poucos fui descobrindo que não havia pecado algum em fazer as coisas para mim mesma. Fui fazendo pequenas conquistas com a desculpa de que aquilo iria melhorar a vida daqueles que estavam a minha volta. Sendo que, aqueles não me davam o menor valor. Então, já não conseguia mais deixar tudo tão meticulosamente calculado. Fazia compras de supermercado de duas em duas semanas e mesmo assim de vez em quando faltava alguma coisa que me fazia ter que ir de emergência ao supermercado.
Hoje descobri que tenho um objetivo de vida só meu. Busco a minha satisfação pessoal sem culpa, tentado realizar meus sonhos.  Quando me lembro de ir ao supermercado, compro coisas que muitas vezes não combinam. Compro o amaciante e esqueço o sabão em pó, compro a carne e esqueço o alho. As vezes não tenho nem o que tomar de café da manhã e tenho que correr na padaria. Apesar da desorganização, estou feliz porque descobri que não há nada de errado em buscar satisfação pessoal. Lembro com tristeza da minha mãe que nunca pensou em si mesma, viveu em função das outras pessoas e morreu com certeza sem realizar seus sonhos, sem nem mesmo ter-se dado o direito de sonhar.

sábado, 22 de outubro de 2011

Amigos Incoerentes - Parte II


Seguindo a mesma linha de raciocínio, ontem comecei a reparar nas minhas próprias atitudes. Outra grande amiga (não é que todos os meus amigos sejam grandes, mas sou abençoada por ter alguns gigantes fazendo parte da minha vida) mudou sua foto no facebook, colocou uma cachorrinha. Chamei-a dizendo: Oh cadelinha, agora você colocou uma foto que tem tudo a ver com você! Ela delicadamente respondeu: Você viu que legal, sua biscate?!

Esta troca de delicadezas demostram sim que a intimidade deixa que as brincadeiras ultrapassem o limite da educação sem que isso se torne uma ofensa.

Esta amiga cadela também gosta demais do meu amigo medroso. Todos os dias nos encontramos no mesmo horário para tomar café, atualizar nossos assuntos (não falamos da vida alheia) e descontrair um pouco dando boas risadas. Quem, por um acaso, presencia nossos quinze minutos de descontração chega a ficar chocado com o excesso de sinceridade e a falta de limite nas palavras.

Enfim, extremamente educados ou extremamente grossos uns com os outros, somos amigos. E amigos são assim, um aceita o outo como ele é, com seus defeitos e suas limitações. Mas que incoerência! Este texto perdeu o sentido. Se amigos se aceitam como são, por que estou analisando minhas relações de amizade?

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Amigos Incoerentes


Ontem dei carona a um grande amigo, aquele tipo de pessoa que a gente tem assunto até se ficar conversando por três dias seguidos. Durante os 40 quilômetros que conversamos pude notar que a cada ultrapassagem que eu fazia o assunto morria, pairava um silêncio. Ultrapassagem feita, o assunto retomava. Achei engraçado e perguntei:

_ Você está com medo de andar comigo?

Segurando o puta que pariu ele respondeu:

_ Não, de jeito nenhum, não é a primeira vez que pego carona... (silêncio) (ultrapassagem) ...com você, eu estava só pensando para falar mesmo.

Tenho amigos muito educados.

No mesmo dia, um pouco mais tarde eu conversava com outra grande amiga. Aquele tipo de conversa feminina: amor, sapatos, sexo, bolsas, marido, maquiagem, namorado, dieta, relacionamento, etc. De repente ela me surpreendeu com a seguinte frase:

_ Eu disse uma coisa para Marcinha (minha chará), mas pedi que ela não comentasse com você de jeito nenhum. Nós queremos te apresentar uma pessoa, mas não vamos te contar para te pegar de surpresa, porque temos medo que você fuja que nem diabo da cruz...

Respondi:

_ Então você podia ter comentado isso com qualquer pessoa, menos comigo.

Choramos de tanto rir da incoerência daquela conversa.

Quando nos importamos  realmente com o amigo, policiamos a sinceridade excessiva para não magoar. Sabemos quais atitudes o amigo costuma ter, e se achamos que podemos melhorar sua situação induzimos acontecimentos. No entanto, quando existe reciprocidade e empatia tudo isso é notado, e se for conveniente fica subentendido. Amizade é assim, mesmo que fiquem coisas nas entrelinhas existe uma cumplicidade, ainda que velada.

O mais interessante deste tipo de amizade é que essa incoerência deixa tudo leve e divertido. Ninguém fica ofendido, nem se abala a confiança.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A Desconstrução de uma Teoria


Ontem um amigo me falava sobre um livro escrito por um neurocientista que contradiz a afirmação de Descartes: Penso, logo existo.  De acordo com este autor seria o contrário: Existo, logo penso. Conforme ele me explicava, a capacidade mental responsável pela tomada de decisões depende do bom funcionamento do corpo. Se algo afeta uma parte específica do cérebro responsável pela cognição, isto pode afetar a capacidade de usar a razão na tomada de decisões. As emoções fazem parte da construção da razão. Estas, mal dominadas, podem alterar a performance do raciocínio. Quando a dor surge o cérebro sofre. Mas, somos capazes de usar a razão para dominar os sentimentos e emoções.

Tudo faz sentido neste estudo se considerarmos apenas metade da raça humana. O autor esqueceu de considerar um grande detalhe . Nós, mulheres, durante um determinado período chamado TPM, perdemos toda a nossa capacidade cognitiva. Nossas emoções viram um turbilhão, nos deixamos dominar por todo tipo de sentimentos e perdemos totalmente a razão. Considerando que metade da raça humana é do sexo feminino, podemos então desconstruir a teoria de Descartes e qualquer outra teoria que porventura venha a querer se construir. Mulher não admite teoria. O mais próximo que se pode chegar disso seria: Não penso, logo você cale a sua boca, senão eu choro. Existo porque te amo, mas hoje eu te odeio. Isto seria o mais o mais próximo que podemos chegar para definir teoricamente uma mulher na TPM.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011