
Desconsiderando a admiração que tenho pelo artista que ele é... Pensando bem, desconsiderando por quê? Só parei para ouvir as palavras que me serviram de inspiração para este texto porque tenho admiração pela figura dele. Ele falava justamente de atitudes baseadas no amor. Todo tipo de amor, entre homem e mulher, entre familiares, entre amigos, enfim... falava do amor que faz com que as pessoas se interessem pela vida das outras, pelos problemas e realidades daqueles que são próximos. Ele não disse exatamente empatia, mas acredito que estava se aproximando deste conceito. Ele falava mais da capacidade de amar do que da capacidade de se colocar no lugar do outro. Falava do amor que precisamos ter para saber compreender o outro.
Eu sempre autoquestionei minhas atitudes. Achava que o fato de sempre agir guiada pelo coração e não pela razão tinha me tirado oportunidades e me causado problemas. Cheguei a pensar que tudo podia ter sido muito diferente na minha vida se tivesse tomado atitudes mais racionais. Muitas vezes saí machucada e me decepcionei com as pessoas. Mas, pensando melhor, acho que mesmo assim o saldo ainda foi positivo. Talvez se tivesse sido somente racional não teria tido as oportunidades de ter vivido fortes emoções (com a devida licença de Roberto Carlos). Algumas boas, outras péssimas, mas emoções. (Roberto é que está certo: se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi.)
A vida não precisa ser cor de rosa. Ela é cruel, séria, difícil e injusta, mas também pode ser doce, desinteressada, leve, romântica e passional. De qualquer forma, o que nos difere dos outros animais é nossa capacidade de ter emoções. Então por que nos privarmos desta dádiva evolutiva tentando cada vez mais voltar a nos espelhar nos primatas?
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