quinta-feira, 8 de março de 2018

Frágil


Frágil

(adjetivo de dois gêneros)
1.      que se espedaça ou quebra facilemtne; quebradiço.
2.      que enguiça ou se danifica com facilidade; delicado.
3.      efêmero.
4.      sujeito a delinqüir.
5.      que necessita de cuidados para se conservar.

Esta é a definição encontrada no dicionário e que, para mim, é perfeita para explicar a mulher. Apesar de frágil ser um adjetivo de dois gêneros, descreve bem as características do feminino.  Mulher é sexo frágil sim; muitas vezes nos decepcionamos e nossos sonhos se quebram, mas não desistimos. Somos delicadas, tratamos bem e esperamos reciprocidade, e quando não a obtemos, enguiçamos mesmo. Apesar de frágeis, não somos fracas; lutamos por aquilo que acreditamos. Somos persistentes, pois sempre acreditamos que as coisas podem melhorar. Somos resilientes; mas não confundimos fé com apatia.
Mas meu amigo, quando perdemos a fé: SAI DEBAIXO! Estamos sempre sujeitas a delinquir.  Aí perdemos também a delicadeza, a paciência, as estribeiras, a linha e o carretel! No entanto, saiba que uma mulher necessita de cuidado para ser conservada. Mas, é um cuidado muito simples: TRATE-A BEM.


terça-feira, 7 de outubro de 2014

Quero morrer apaixonada!

Sabe aquela paixão que vem de repente, não sei de onde, e toma a alma da gente de maneira inexplicável, fazendo com que passemos a ver o mundo de outro ângulo? É um tesão que toma conta do pensamento, nos enche de ânimo e otimismo. Muitos já sentiram isso, e meu desejo mais sincero é que todo mundo tenha a oportunidade de sentir isso um dia. Depois que isso acontece nunca voltamos a ser o que éramos; e isso é fantástico!

Esta paixão tomou conta de mim há uns anos atrás, mais ou menos na época que comecei a faculdade de Direito. Não sei ao certo que fato a fez despertar, mas agradeço diariamente por ela tomar conta do meu eu. Talvez o que a tenha despertado seja uma certa consciência do fim. Sim, aquele prazo de validade que temos, mas ninguém sabe qual é; a morte. Como dizem, é a única certeza que temos na vida. Enfim, não sei se foi o medo da morte que me despertou uma paixão incrível pela vida, mas o fato é que esta paixão domina quase tudo que faço. Às vezes fica mais intensa outras vezes sofre alguns abalos, mas apesar de todos os percalços da vida, a minha paixão continua acesa, e isso que me impulsionada a querer fazer um monte de coisas. A única coisa que lamento é ter-me dado conta disso depois dos 30. Acredito que se ela tivesse me incendiado aos 20 teria aproveitado muito mais; o que não me impede de continuar tendo fé e ânimo.

Ultimamente eu andava muito brava por ver pessoas a minha volta desanimadas de viver, de estudar, de trabalhar, até de amar. Tentei ajudar muitas delas a não desanimar e a não desistir de nada. O problema é que esta é uma questão muito particular, talvez de motivação pessoal ou fé. Uns despertaram, outros não e outros nunca.

Hoje descobri que tem gente que também tem esta paixão, e que ela poder ser muito maior que a minha. Ouvi a palestra do Professor Sérgio Mascarenhas, 86 anos, fisco-químico, lecionou em Harvard, em Princeton, e em diversas outras universidades pelo mundo; hoje é professor da USP. Ele falou sobre o conhecimento em geral. Ele tem uma cultura pessoal excepcional. Falou com sensatez e agilidade sobre diversas áreas. Fiquei impressionada! Mas já vi outras pessoas, com tanta idade ou mais que ele falarem com muita sensatez, assim como ele; Ariano Suassuna e Rubem Alves são outros exemplos. Mas Professor Sérgio Mascarenhas em especial me deixou perplexa quando contou que há alguns anos atrás descobriu uma doença degenerativa que o deixou com uma série de problemas, fazendo xixi na roupa e com dificuldades motoras. Achou que fosse Parkinson, mas era um tipo de “hidrocefalia”. Em crianças causa o aumento da cabeça, em adultos, como o cérebro já está mais duro, o acúmulo de líquido causa uma pressão intracraniana muito grande, afetando várias regiões diferentes do cérebro, afetando principalmente os neurônios.


E não é que ele, tomado pelo tesão da vida, inventou um mecanismo para drenar o líquido intracraniano. Ainda disse após a palestra, se alguém quisesse poderia sentir a cânula que sai da cabeça dele e drena o líquido para uma bolsa que fica junto ao abdômen. O "velhinho" é um  gigante! Tem uma agilidade mental fantástica. Gostaria eu de chegar na idade dele com só metade daquela agilidade e sensatez, aquela fome de conhecimento e aquele tesão pela vida.


quarta-feira, 16 de julho de 2014

FUTEBOL NÃO É POLÍTICA

Futebol é uma paixão de brasileiro; ou era, até o final desta Copa do Mundo. Sou Corintiana, e por mais que pesem as críticas, nada vai me fazer torcer para outro time, muito menos para o Palmeiras. É uma questão de paixão, algo inexplicável. Meu time pode ganhar ou perder, não importa, não vou mudar de time, apenas vou mudar a forma de elogiá-lo.ou criticá-lo. Algumas vezes vou estar inflando o peito de orgulho, outras vou tentar passar desapercebida para não ser motivo de gozação. 

O fato é: FUTEBOL NÃO É POLÍTICA.  Vamos atentar para isso e parar de tratar política com a mesma paixão inexplicável que temos por nossos times de futebol. 

Atualmente ando vendo manifestações apaixonadas nas redes sociais misturando política e futebol. Tipo: " A saúde do país está uma merda e você preocupado com o 7 x 1 na Copa..." entre tantas outras que bombam todos os dias. Isto tem me deixado preocupada. Além disso, o trágico fato de nossa Presidente ter sido vaida por mais de uma vez na Copa do Mundo me encheu de vergonha alheia. Afinal, bem ou mal, fomos nós que a elegemos, e se ela não está fazendo um bom trabalho, cabe a nós a tirarmos deste cargo. Vaiar a representante da Nação é assumir nossa própria incompetência.  

Não estou aqui defendendo nenhum partido, nem nenhum político, muito pelo contrário. O que venho pedir é para que as pessoas parem de tratar política com a mesma paixão insana do futebol. 

Já sabemos há muitos anos que não podemos defender uma ideologia apenas observando a linha política de nossos partidos políticos. Nenhum partido no Brasil segue rigidamente uma linha ideológica coerente. Somos mais ou menos assim: "Partido Comunista Liberalista Católico do Brasil". Linha ideológica é uma aula que todos nossos políticos cabularam. Sendo assim, em vez de ser PTista de formação, ou Aécio desde criancinha, ou sei lá o que mais (porque nem sei quem são os outros candidatos), vamos deixar as falsas e frágeis ideologias de lado e vamos estudar o assunto. 

Não adianta falar: "não vou voltar no PT por causa do mensalão" ou " não voto no Aécio porque sou professor e ele foi péssimo para nossa categoria em Minas" ou tantas outras reclamações de falcatruas e corrupções sabidas ou ainda não sabidas. O fato é que nenhum candidato está na fila da canonização. Política é um sistema podre, e isso todos nós estamos carecas de saber. Anular o voto também não é um opção inteligente, é tirar o "seu" da reta. Independentemente de você votar ou não alguém vai ser eleito e você sofrerá as consequências da sua indiferença política.

O que venho pedir é consciência. Não tenho candidato ainda; nem sei ao certo quem serão os candidatos, mas quando souber vou procurar pesquisar a história política do sujeito. Olhar para o passado é a melhor forma de construir o futuro. A gente usa a internet pra tanta bobagem, que tal perder uns minutinhos pesquisando a vida do candidato? Vamos deixar os conceitos pré estabelecidos de lado e pensar em melhorar este País. 

Outra coisa importante é ter um pouquinho que seja de altruísmo. Quando for escolher seu candidato, pense na coletividade e não na sua categoria. O que adianta votar no candidato "bom para os empresários" e enriquecer sozinho no meio da pobreza? Também não adianta votar naquele de garante o "bolsa miséria" e viver num país estacionado economicamente. O bom mesmo não vamos encontrar; mas podemos votar no menos pior, e exigir uma boa prestação de serviço.  

Se você, assim como eu, ainda não sabe em quem votar, pesquise a vida do sujeito, avalie o que cada um diz estar disposto a fazer pela coletividade, não apenas para uma categoria. Depois que o sujeito for eleito, não vá vaiá-lo em público, porque isto é reconhecimento da própria incompetência. Ao invés disso, aprenda a cobrar dele - sem violência, usando os meios legais - as promessas que ele fez na época da campanha. 

Lição de marketing pessoal: "Se você, por mais que seja um bosta, não assume isto para os outros e tenta se melhorar; não esculache o próprio país e tente fazê-lo melhor para todos."

sexta-feira, 7 de março de 2014

E a história vai se delineando...

Poucas coisas me emocionam, mas conforme ia virando as páginas do jornal do dia 21/02/2014 pude ver a história do nosso mundo moderno se delineando aos garranchos. Então pude perceber como a política de poucos homens mexe com a vida de tantos outros.

Primeiro vi a foto da Praça da Independência na Ucrânia, antes e depois das manifestações e embates entre a população e o governo pelo processo de independência da União Soviética. É surreal ver a capacidade destrutiva dos seres-humanos na tentativa de impor ideais. Às portas com uma guerra civil, populares não se entendem com populares, que não se entendem com os governantes destes populares. E quebra-se tudo, queima-se tudo, destrói-se tudo que é de todos porque a incapacidade de resolver conflitos do ser-humano é  latente deste a pré-história. Em que mundo estamos vivendo?!

Concomitantemente, a Venezuela vive o dilema entre o governo que com “mão de ferro” tenta impor seus ideais socialistas e a insatisfação popular. Maduro tenta impor sua ditadura mediunicamente. Afinal, ele diz que recebe orientações de Hugo Chavez, que, apesar de tudo, ainda guarda a admiração de muitos venezuelanos. Isso realmente é coisa de outro mundo!

E a história mundial vai sendo construída através das páginas do jornal. Fiquei pensando na angústia destas pessoas. Em tempos de tanta modernidade a humanidade ainda está presa a conceitos tão pré-históricos.

Continuando minha saga surreal pelas páginas da história, me deparei com o fato que me arrancou lágrimas. Dizia a manchete: 82 sul-coreanos foram sorteados para viajar e rever seus parentes norte-coreanos, separados pela guerra da Coréia (1950/1953). A foto mostrava dois idosos se abraçando e chorando. Todo aquele sentimento deles, guardado por mais de 60 anos transbordava da folha de jornal. Explicando: Em 1988, 127 mil coreanos se inscreveram para esta viagem. Desde então eles esperam. 57 mil já faleceram, e apenas 82 privilegiados, escolhidos por sorteio, puderam passar apenas um dia com seus parentes. Famílias separadas pela ignorância humana há mais de 60 anos. Levavam suvenires como dólares, guardados durante anos, e macarrão instantâneo. É muito triste...

Para fechar com chave de ouro a edição dos fatos históricos absurdos de 21/02/2014, a notícia vem do Sudão. Incorporado ao mundo árabe pela expansão islâmica, tem uma realidade cultural muito... diferente. Diferente da minha. Diferente... mas talvez seja igual. Igual a qual? Difícil compreender, por isso vamos à notícia: Uma mulher casada, de 19 anos, dois filhos, grávida, após sofrer estupro coletivo por sete homens, vai presa, juntamente com seus agressores, acusada de adultério. Como a lei muçulmana não dá grande importância a mulher, estupro não é um crime tão grave assim. Se forem condenados, isto é, se forem sequer processados, os estupradores podem pegar um pena leve. No entanto, a mulher que sofreu agressão tão brutal, acusada de adultério e prostituição, pode ser condenada à pena de morte por apedrejamento. Faltam-me palavras para expressar o tamanho da minha indignação.


Só relembrando, estamos em 2014. 

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

A REFORMA

Andei abandonando meus blogs e minhas leituras para me dedicar integralmente à porra nenhuma. Estou sempre com pressa, nunca tenho tempo pra nada e também não tenho feito nada de produtivo. De seis meses pra cá, desde que comecei a trabalhar em Poços, deixei de perder pelo menos duas horas diárias no trânsito. Eu sempre desejei ter mais tempo para escrever meus textos e concluir alguns projetos. Então fiz mil planos de como ocupar essas duas horas que sobrariam, mas não entendo onde desperdicei tempo tão precioso.

O fato é que a criatividade sumiu. As idéias que antes brotavam a qualquer hora me fazendo andar com gravador à mão dentro do carro e bloco de notas na cabeceira da cama, simplesmente desapareceram. Foi a segunda vez que passei por um período de vazio criativo; branco total radiante.


Também comecei a ficar insatisfeita com a minha casa e resolvi fazer alguns reparos. Fui descobrindo que a casa necessitava de muito mais que pequenos reparos, então tomei coragem e iniciei uma grande reforma, daquelas de derrubar paredes.

Comecei a ficar insatisfeita comigo mesma. Além da criatividade ter sumido, parecia que tudo estava fora do prumo. Minha aparência não agradava, minha vida afetiva não agradava, minhas ideias não agradavam. Parecia que tudo estava ruim. Então coloquei na cabeça que aquele tempo em que minha casa estivesse em reforma seria o mesmo que eu precisaria para colocar minha cabeça em ordem.

O período de reforma da casa foi muito difícil. Ficamos meses sem cozinha, aguentando uma poeira sem fim. Era como se estivéssemos acampadas dentro de casa. Neste período também não escrevi nada, li muito pouco e as coisas pareciam que não se encaixavam na minha vida.

Não sei se é apenas um fator psicológico, mas o fato é que com o fim da reforma da casa parece que também chegou ao fim um período de reforma do “eu”. Acordo cedo com disposição para arrumar a casa, colocar os quadros nas paredes, voltar as plantas para dentro de casa, redefinir o lugar das cortinas. Depois saio para correr, vou na academia, cuido melhor das roupas, da aparência, me sinto mais segura. Nem tudo está no prumo, mas sinto uma disposição imensa para mudar o que precisa ser mudado. E ... de prêmio, estou com uma vontade incontrolável de escrever.

A vida é feita de altos e baixos. Quando alcançamos o topo da primeira montanha esquecemos que temos que descer e escalar novamente para alcançar o topo da segunda. Descidas e novas escaladas são dolorosas, mas necessárias. São os períodos onde temos que fazer avaliações e, se necessário, fazer reformas para iniciar uma nova subida com mais disposição. Tudo fica gasto com o tempo. E, assim como precisamos trocar o piso, derrubar paredes, fazer retoques na pintura, também precisamos parar, pensar, reavaliar, tomar fôlego, renovar a aparência, renovar as ideias, tomar coragem, e seguir em frente; reformados. 

terça-feira, 30 de julho de 2013

Telefone e internet não se misturam


Certas tecnologias da vida moderna nunca me seduziram, muito pelo contrário, me irritam mortalmente. E já deixei isto bem claro neste blog quando escrevi “Quem pegar o celular paga a conta”; diga-se de passagem, uma ideia genial. Além disso, nunca entendi o que passou na cabeça de Steve Jobs quando resolveu misturar telefone com internet. Para mim telefone é uma invenção espetacular que serve apenas para falar. E como nós mulheres gostamos de falar ao telefone!

O meu espetacular plano de celular me permite falar com metade das minhas amigas de graça, o tempo todo pelo tempo que eu quiser. Para a outra metade das amigas tenho alguns minutos de bônus e quando eles acabam pago uma tarifa bem baratinha, o que me permite fazer uma das coisas que nós mulheres adoramos: falar, e falar muito. E eu uso adequadamente tudo o que meu plano me proporciona. (Ah se não fosse este plano...eu estaria falida...mas duvido muito que estivesse muda)

Então, cada coisa com a sua função: telefone é pra falar; computador e tablet para navegar na internet. Juntar os dois pra quê, se funcionam tão bem separados?

E eu tentei propagar esta minha ideia, mas sem muito sucesso. Minha filha sempre teve vontade de ter um smartphone, mas eu dizia: “Para quê, se você tem computador, tablet e telefone? E além disso, você pode falar de graça comigo pelo tempo que quiser!” (O martírio de todo adolescente: ter uma mãe que fala de graça. Pra eles o ideal seria se ligações da mãe custassem R$ 500,00 o minuto. Mas nós mães nunca enxergamos isso.)

Um belo dia, o maldito telefone que fala de graça com a mamãe aqui caiu no chão e se espatifou. Depois de muita insistência ela me convenceu a comprar um smartphone. Pesquisei várias marcas e modelos e resolvi comprar um para ela. Acabei comprando um para mim, mas já fiquei mal humorada só de pensar o tempo que iria perder tendo que aprender toda aquela tecnologia que tanto fiz questão de fugir.



Só sei que foi assim... Fui mexendo, o tempo foi passando, fui mexendo, tava mais fácil do que imaginava, fui mexendo, entrei na internet, fui mexendo, entrei no facebook, continuo mexendo e já não tenho mais certeza se minha teoria de que internet e telefone não se misturam está correta. Mas quem tirar o celular do centro da mesa paga a conta! Espero que não seja eu.

domingo, 30 de junho de 2013

Memórias

Ontem, num momento muito alegre e especial na roda de samba, meus amigos tocaram Folhas Secas, de Nelson Cavaquinho. Apesar da melodia quase triste, a letra é uma exaltação às memórias alegres que o autor tinha de sua juventude, da escola de samba e do morro da Mangueira. No meio da conversa animada, dois amigos falavam do samba do Rio de Janeiro e de um grupo chamado Sururu na Roda que haviam visto tocar.

Coincidentemente, hoje pela manhã, como  em todos os domingos, liguei a TV para assistir ao programa Sr. Brasil, do Rolando Boldrin e lá estava o Grupo Sururu na Roda, cantando Folhas Secas. Foi nesse momento que uma memória muito antiga da minha infância invadiu a minha cabeça. Me vi deitada no cantinho da cama da minha mãe, fingindo dormir enquanto ela assistia ao Fantástico tomando Coca-Cola, como fazia todos os domingos à noite. Folhas Secas tocava na TV e minha mãe cantava junto, demonstrando gostar demais daquela música. Talvez esta lembrança tenha marcado tanto minha memória de infância porque eu nunca tinha visto minha mãe ouvir música, muito menos cantar. 

Ela era uma pessoa muito fechada, acredito que trazia consigo uma tristeza muito grande, provavelmente causada pela viuvez tão prematura. Claro que eu era muito pequena para identificar a música, mas aquilo tinha sido tão marcante que anos depois eu pude reconhecer a melodia pela lembrança dela cantando. Coisa que ela jamais faria se tivesse percebido que eu estava acordada.  

Depois de tantos anos, acho que hoje compreendi que ela tinha sim uma alegria muito grande no coração, mas que os percalços da vida fizeram dela uma pessoa triste. E, a partir disso, compreendi quase tudo que esteve fora do compasso.